O povo Viking é conhecido por suas guerras, invasões, ousadia e habilidades de navegação, que eram muito avançadas para a época. A história dos vikings, muito embora cheia de controvérsias e incertezas, já que são poucos os registros escritos sobre esse povo, vem sendo muito pesquisada, por historiadores, arqueólogos e estudiosos do tema, sendo que a cada dia, surgem novos detalhes e histórias que nos mostram como viveram e quem foram.
Mesmo com poucos registros, há muito o que se falar sobre os vikings, pois além de guerreiros e navegadores, também foram comerciantes e colonizadores. Possuíam uma rica cultura e crenças, que foram passadas oralmente por gerações.
Sua importância é tão grande, que o legado viking na Noruega, Suécia, Dinamarca, dentre outros países do norte da Europa, é inquestionável, podendo ser observado na arte, cultura e arquitetura desses povos.
Neste artigo, explore o seguintes temas:
- Navegações Vikings
- A História dos Vikings: o Início da Era Viking
- A Religião Viking
- A Sociedade Viking
- A Origem do Nome Viking
- O fim da Era Viking
Navegações vikings
As navegações vikings tinham vários objetivos. Muito embora quando se fala em navegação relacionada a esses povos, normalmente há uma associação com as invasões, saques e atrocidades, no entanto, os avançados conhecimentos em navegação não eram usados somente para o mal.
O povo viking era composto por diversos tipos de pessoas, com diferentes tipos de negócios e diferentes finalidades. Para o exercício de suas atividades os indvíduos que podiam, usava a tecnologia disponível na época, assim como fazemos hoje.
Dentre os aprendizados desenvolvidos, estava o conhecimento avançado em navegação, que permitiu aos vikings a expansão de seu território, o aumento das relações comerciais e o intercambio cultural com diversas regiões.
A engenharia náutica utilizada pelos vikings em suas embarcações eram extremamente avançadas para a época. Eles criaram o “Drakkar” (ou dracar), que é um barco feito de madeira, com a polpa angulada em forma da letra “v” e com a cabeça de dragão na proa, daí o nome “Drakkar, que significa dragão.
O drakkar era comprido, com média de 28m, com largura de 3m, possuía uma vela quadrada, alcançando uma velocidade que passava de 20 km por hora, o que era considerado muito avançada para a época.
Movido principalmente por remos, haviam vários tamanhos, podendo chegar a possuir 32 remos, com 16 de cada lado do barco. O drakkar tinha capacidade para levar até 40 tripulantes e sua arquitetura permitia que navegasse facilmente em águas rasas, possibilitando que adentrasse em mares e rios.
Graças às suas habilidades de navegação, os vikings chegaram a diversos lugares tais como Groenlândia, Islândia, França, Inglaterra, Portugal, Itália, Espanha, Rússia, dentre outros vários países.
Muitas das terra invadidas pelo vikings, que se tornaram sua colônias, originaram países, como por exemplo, a Groenlândia e a Islândia.
A capacidade de navegação era tão avançada que, os vikings chegaram até mesmo à América do Norte, cerca de 400 anos antes de Cristovão Colombo, local em que estabeleceram uma colônia, onde atualmente se encontra o Canadá, entretanto, esta não prosperou, sendo destruída por nativos locais.
O estilo de construção dos dracares favoreciam os vikings em suas batalhas, permitindo a execução de táticas militares únicas, já que eram capazes de efetuar ataques e fugas de forma muito ágil, pois os barcos realizavam vários tipos de manobras rápidas.
a história dos vikings: O Início da Era Viking
Como já vimos, os vikings era muito habilidosos e possuíam conhecimentos de navegação muito avançados para a época, que permitiram que dominassem vários territórios.
A dominação viking se estendeu por muitos lugares e por muitos anos, sendo essa época conhecida como a Era Viking, que compreende o período entre final do século VII e início do século XI, aproximadamente entre os anos de 793 e 1066 a.C.
Vários podem ser os motivos que impulsionaram o nascimento da Era Viking, no entanto, podemos indicar os principais. Fatores políticos, econômicos e sociais, aliados aos conhecimentos e habilidades que detinham, foram fundamentais para a sua expansão.
Como em toda sociedade, existiam diferentes classe sociais e diferentes tipos de pessoas, e as que podiam, utilizavam os conhecimentos e tecnologias disponíveis na época, para diferente fins, como comércio, viagem, exploração de território, batalhas e ataques.
A Era Viking teve início com o ataque ao mosteiro de Lindisfarne, localizado no norte da Inglaterra, em 8 de junho de 793 a.C., sendo este um dos primeiros ataques vikings documentados.
O mosteiro, localizado na ilha de Lindsfarne, na Inglaterra, era um importante centro religioso na época. Na invasão, os vikings levaram suas riquezas, quebraram relíquias sagradas e causaram grande terror e devastação.
Os vikings atacavam templos religiosos, cidades e assentamentos em busca de recursos e riquezas, como metais preciosos e escravos. Os templos religiosos eram muito visados, pois, detinham muitos metais preciosos e objetos de grande valor.
A sociedade viking sofria com muitos problemas internos. A instabilidade política e econômica, aliada à desigualdade social, geravam batalhas e lutas pelo poder.
A população estava crescendo, o que aumentava a necessidade por alimentos, por novas terras e por outros recursos necessário à sobrevivência humana.
Para evitar os conflitos locais, muitos dos vikings partiram rumo à novas terras, fundando colônias e buscando riquezas, ao mesmo tempo em que se distanciavam das guerras internas.
Muitos indivíduos viviam do comércio, dentre os principais produtos comercializados estavam a carne de foca, peles e gordura. Muitos eram comerciantes e exploradores, que aproveitavam as habilidades de navegação para buscar oportunidades e novos negócios em lugares distantes.
Com isso, criaram rotas comerciais através de rios e mares, que permitiam não somente a troca de mercadorias mas também favorecia o contato com outras sociedades, permitindo o intercâmbio cultural.
A habilidade de navegação foi fundamental para o surgimento da Era Viking, pois, as viagens, que poderiam ter diferentes propósitos, permitia que chegassem a territórios muitos distantes.
Os conhecimentos náuticos dos vikings também era de extrema importância para o poder militar, que desenvolveu táticas de ataque e defesa muito rápidas e eficazes, sendo fundamental para o início da Era Viking.
A Religião Viking
O vikings não eram necessariamente muito religiosos. Entretanto, acreditavam na existência de deuses, realizando cultos e festivais em datas específicas do ano.
As manifestações como oferenda aos deuses ocorriam de forma individual, em geral, eram realizadas para honrar os deuses, pedir algo ou proteção.
A religião viking era fundamentada em um conjunto de crenças baseadas na mitologia nórdica e acreditavam na existência de vários deuses e deusas.
Muitos eram os deuses. Dentre os principais estavam Odin, considerado o pai de todos, Thor, conhecido como o deus do trovão e Feyja, a deusa do amor e da fertilidade.
Odin era considerado o mais poderoso dos deuses. Era retratado como um homem mais velho, forte, imponente, que segurava uma lança e possuía um cavalo de oito pata e dois corvos, que o acompanhavam por todas as partes e o ajudavam a vigiar o mundo.
O deus Thor era o mais adorado entre todos os deuses. Conhecido como o deus do trovão e por ser habilidoso matador de gigantes, possuía como principal arma um poderoso martelo, chamado Mjölnir.
Os vikings acreditavam que os guerreiros mortos em batalha iriam para um lugar especial, chamado Valhala, que era uma espécie de salão dentro do palácio de Asgard, que era a morada dos deuses.
A mitologia nórdica descreve o mito da criação do universo, do planeta terra, dos deuses, dos gigantes, das criaturas viventes e do fim do mundo, chamado de Ragnarök ou crepúsculo dos deuses.
Importante destacar, que a mitologia nórdica é muito rica em detalhes, descrevendo vários acontecimentos do mundo, da natureza, da criação e criaturas, sendo impossível descrever toda essa riqueza de detalhes nesse simples artigo.
A sociedade Viking
A sociedade viking era separada em classe sociais que se dividiam de acordo com a seguinte ordem: rei, nobres, homens livres e escravos.
Os reis estavam no topo da pirâmide. Eles eram responsáveis pela administração do reino, eram chefes militares e religiosos. A sucessão ao trono era, em regra, hereditária.
Os nobres, também chamados de jarls, formavam a aristocracia e estavam abaixo do rei. No entanto, detinham tanto poder econômico que possuíam seu próprio exército e muitas vezes tinham mais influência e poder que o rei.
Muito embora a divisão social fosse bem clara, todos os homens que eram considerados livres na sociedade poderiam participar das assembleia realizadas, visando que decisões importantes fossem tomadas pela população.
A classe dos escravos era composta por criminosos, pessoas capturadas nas invasões, derrotados em batalhas e pessoas endividadas.
A origem do nome “Viking”
Não há consenso entre os estudiosos sobre origem do nome “Viking”. No entanto, existem algumas hipóteses que levam em conta diversos aspectos históricos quanto à linhagem da palavra e buscam explicar o seu surgimento.
O termo viking é atribuído aos povos que habitavam o norte da Europa, na região conhecida como Escandinávia, que compreende, atualmente, o território de 3 países, sendo eles: a Noruega, a Suécia e a Dinamarca.
A denominação “viking” passou a ser conhecida muito depois da época em que realmente viveram e eles não designavam a si mesmos usando esse nome.
Considerando a língua falada na região da Escandinávia, caso o termo “viking” tenha origem nessa localidade, seu uso pode ter iniciado a partir da palavra “vig”, que significa batalha, existindo uma relação desta palavra com o fato de que os vikings são conhecidos por serem excelentes guerreiros.
Outra teoria é de que o termo tenha ligação com a região consteira da Noruega, que fica aos arredores do fiorde de Oslo, conhecida como “Viken”. As pessoas que habitavam essa região eram chamados de “viking”.
A região de Viken, por sua vez, tendo em vista a localização em um fiorde, tinha origem de seu nome da palavra “vik”, que significa fiorde, riacho, baía ou enseada.
Ainda com referência à língua nórdica, o termo pode ter se originado a partir da palavra “vikingr, que significa pirata ou mercerário.
Outras hipóteses levam em consideração a origem germânica da palavra, já que os escandinavos faziam parte dos povos germânicos. Para essa teoria a origem do termo está ligada à palavra “Wik”, que tem relação com atividade mercantil, já que os Vikings eram muito conhecidos por serem grandes comerciantes e mercadores.
Existem muitas outras teorias quanto à origem do termo “Viking”, no entanto, independente do pouco que se sabe, evidencias apontam a ligação com a língua falada na região e apresenta pontos muito cosideráveis acerca do surgimento da palavra.
FOTO DE DAVID GUTTENFELDER, NATIONAL GEOGRAPHIC / Google
Fim Da Era Viking
Muitos fatores contribuíram para o fim da Era Viking, no entanto, há alguns marcos que podem ser levados em consideração para determinar os eventos que acarretaramo término de umas das eras mais intrigantes da história.
Dentre os fatos que levaram ao fim da Era Viking, a Batalha de Stamford Bridge, ocorrida em 25 de setembro de 1066, marca um ponto de virada no domínio estabelecido pelos vikings.
A Batalha de Stamford Bridge foi uma disputa pela coroa da Inglaterra. Tal disputa teve origem com a morte do rei Inglês Eduardo III, o Confessor, em 5 de janeiro de 1066, rei que não deixou herdeiros para sucessão do trono.
Sem uma pessoa para reinar, começaram as disputas pela coroa inglesa. Nesta disputa, 3 homens lutavam pela coroa:
● Haroldo Godwinson, inglês rico e influente
● Guilherme, o bastardo, era da Normandia
● Harald Hardrada, que era viking e o Rei da Noruega.
O rei Eduardo III passou muitos anos no exílio e durante esse período Guilherme, que era seu primo, também esteve exilado o que fortaleceu os laços e amizade entre ambos.
Em decorrência da forte ligação, o rei prometeu que se não tivesse herdeiros quando falecesse, iria passar a sucessão do trono a Guilherme.
Ocorre que pouco antes de morrer o rei Eduardo III passou a coroa à Haroldo Godwinson, que era filho de um conde e sua família era muito poderosa na época, fato que fez com que Guilherme se sentisse traído e com muita raiva, reivindicando a coroa inglesa.
Após a coroação o então empossado rei passou a se autodenominar como rei Haroldo II.
No entanto, o vinking Harald Hardrada, que era o Rei da Noruega, entendia que também teria direito ao trono. Ele baseava seu direito em um acordo realizado entre os antigos reis da Inglaterra e da Noruega.
Exigindo que o referido acordo fosse cumprido, Hardrada entrou na disputa pelo trono.
O rei Harald Hardrada era um dos mais fortes e experiente guerreiros conhecidos na época e acreditava que venceria a disputa. Pronto para lutar pela liderança do reino inglês, juntou seu exército e se dirigiu à Inglaterra.
A força do exército viking era tamanha que, com apenas 5 mil homens, invadiram o norte da Inglaterra e causaram destruição em tudo que entraram pela frente, conquistando York, que era uma das principais cidades da região na época.
Após a conquista de York, os vikings se dirigiram para a cidade de Stamford Bridge onde o exército se dividiu, permanecendo no local somente dois terços do homens.
Após tomar conhecimentos das violentas empreitadas vikings, o exército inglês comandado por Haroldo II, armou um ataque inesperado contra o exército viking.
Os vikings foram pegos de surpresa e despreparados para a batalha, já que os homens não estavam com sua armaduras que protegiam seu corpos, não tinham qualquer estratégia, nem estavam com as melhores armas para ataque e defesa.
Muitos embora em número muito reduzido, os vikings lutaram bravamente até a morte e a vitória do rei inglês, Haroldo II, foi garantida.
Dias mais tarde, o exército da Normandia, liderado por Guilherme, que, fazendo jus à descendência viking, era um grande guerreiro, derrotou, Haroldo II, tornando-se o rei da Inglaterra.
O rei norueguês Harald Hadrada foi considerado o último grande chefe viking, sendo que a Batalha de Stamford Bridge representa um marco quanto ao declínio do poder do vikings e de suas invasões.
O fim da Era Viking também foi influenciado pela conversão ao cristianismo das comunidades, e conforme o cristianismo avançava, as sociedades eram transformada e as atividades que envolviam invasões e saques diminuía.
Enquanto os territórios se expandiam, as pessoas estabeleciam comércio entre si e fortaleciam as relações com outros lugares e nações, contribuindo para que as incursões dos vikings ocorressem cada vez menos.
A história dos vikings é intrigante e cheia de detalhes a serem descobertos. Seus feitos grandiosos despertam a curiosidade de muitos que buscam pesquisar sobre seu passado, o que faz com que muitas peças possam ser adicionadas ao imenso quebra-cabeças sobre o passado desse povo tão fascinante, dos quais ainda sabemos tão pouco.
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