Salvador: A História Da Primeira Capital do Brasil

Elevador Lacerda, na cidade de Salvador, visto de cima, com um belo por do sol em sua frente

Salvador, a primeira capital do Brasil, é uma cidade repleta de história, cultura e beleza natural. Fundada em 1549, Salvador desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do país, sendo o ponto de partida para muitas das transformações que ajudaram a formar a nação brasileira.

A cidade, situada na Baía de Todos os Santos, não é rica em história e cultura que moldaram os costumes dos que vivem na região.

Neste artigo, vamos explorar a fascinante história de Salvador, desde sua fundação até os dias atuais. Vamos entender quem fundou a cidade, as razões por trás de sua escolha como primeira capital do Brasil, e os eventos marcantes que definiram seu desenvolvimento.

Além disso, vamos descobrir os marcos históricos e pontos turísticos que fazem de Salvador um destino imperdível.

Nosso caminho será através dos seguintes tópicos:

  1. Povos originários de Salvador
  2. A fundação da cidade de Salvador
  3. A escolha do nome “Salvador”
  4. A importância de Salvador no período colonial
  5. O legado africano e a influência na cultura de Salvador
  6. O Pelourinho
  7. Modernização e preservação da história de Salvador
  8. Arte e religiosidade
  9. Perguntas Frequentes Respondidas Neste Artigo

1. Povos originários de Salvador

Os povos originários de Salvador são os indígenas que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores.  Os Tupinambás, donos daquelas terras. 

Eles chamavam a Baía de Todos os Santos como “Kirimuré”, que quer dizer “água grande” ou “braço de mar”, que faz jus ao nome já que ali é uma grande bahía.

Os Tupinambás eram integrantes de uma das várias tribos pertencentes ao tronco linguístico tupi-guarani e ocupavam a região que corresponde à costa da Bahia.

Eles viviam ao longo de toda a costa nordeste do Brasil e sua presença se estendia além dos limites da atual cidade de Salvador.

Os povos indígenas tinham suas próprias línguas, crenças, costumes e modos de vida. Viviam em comunidades organizadas, baseadas na caça, pesca, coleta de alimentos e agricultura de subsistência. Também desenvolviam técnicas artesanais, produzindo cerâmica, tecidos e objetos utilitários.

Com as grandes navegações, os portugueses acabaram por chegar ao Brasil no século XVI, e iniciaram a colonização do território.

A chegada dos portugueses trouxe enfermidades letais aos povos que aqui viviam, pois os mesmos não tinham qualquer imunidade contra as doenças proliferadas no continente europeu.

Além das doenças, o processo de colonização acarretou muitos conflitos, escravização, deslocamento forçado dos povos originários

Muitos destes povos originários foram expulsos de suas terras tradicionais e foram perdendo suas culturas e alterando a língua falada. O conjunto de tantos fatores levaram à grande redução das populações indígenas.

Ainda que as populações indígenas tenham sido muito reduzidas, a influência de sua cultura na cultura de Salvador é facilmente perceptível, pois está presente na língua, dança, culinária e muitos outros aspectos.

2. A fundação da cidade de Salvador

Salvador começou na região da Baía de Santos e, como já mencionado acima, antes da chegada dos europeus era habitada por índios Tupinambás, donos daquelas terras. 

Em 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil com a expedição portuguesa, marcando o início da presença europeia no território.

Por volta de 1509, chegou à região Diogo Álvares Correia, apelidado pelos nativos como Caramuru.

Ele sobreviveu a um naufrágio e não somente foi acolhido pelos Tupinambás, como também casou-se com Paraguaçu, que era uma índia Tupinambá, filha de um líder da tribo.

Ela se tornou companheira de Caramuru, e juntos, eles estabeleceram uma relação de forte influência entre os nativos e os europeus.

A presença de Caramuru, fez com o local entrasse no radar dos europeus, já que, como aprendeu a falar a língua nativa, auxiliava na negociação de mercadorias.

Caramuru desempenhou um papel significativo na história da colonização da Bahia. Ao se casar com a índia Paraguaçu em cerimônia realizada em uma igreja na França, passou a constituir a primeira família católica do Brasil.

No início do século XVI, a costa brasileira atraía a atenção de várias potências europeias devido às suas riquezas naturais, especialmente o pau-brasil, uma madeira valiosa, que possui uma seiva vermelha, que era usada para tingir tecidos.

A presença portuguesa no Brasil era ainda precária, o que permitia que outros países tentassem estabelecer suas próprias colônias.

Os franceses, em busca de riquezas e novas terras, começaram a explorar a costa brasileira. Eles estabeleceram relações comerciais com os povos indígenas, principalmente os Tupinambás, trocando produtos europeus por pau-brasil e outros recursos locais.

Caramuru, crucial nas interações entre os indígenas e os europeus, conseguiu estabelecer boas relações com os franceses, facilitando o comércio entre eles e os Tupinambás.

Diferentemente dos portugueses, que tinham uma abordagem mais colonizadora e militar, os franceses inicialmente adotaram uma postura mais comercial. Eles trocavam mercadorias como ferramentas de ferro, tecidos e utensílios por pau-brasil e outros produtos locais.

A presença francesa na Bahia e em outras partes da costa brasileira gerou conflitos com os portugueses, que viam sua influência e controle ameaçados. A Coroa Portuguesa, preocupada com a concorrência francesa, intensificou seus esforços para consolidar a colonização e defender suas terras.

Os portugueses, que se achavam os donos dessa terra, tentaram por várias vezes expulsar os franceses, e como não conseguiram, viram a necessidade de se fazerem presentes no território. 

A fundação da cidade de Salvador foi parte da estratégia que os portugueses utilizaram para garantir o território como sendo deles.

Até então, a presença portuguesa era esporádica e visava o comércio de pau-brasil.

Em 1.531, com o intuito de defender o território, Portugal ordenou a expedição de Martim Afonso de Souza, pra explorar e reconhecer a costa brasileira, mapeando a região e identificando locais adequados para a fundação de vilas e cidades, para assegurar a posse e defender da presença franceses e outros estrangeiros que exploravam a costa brasileira.

Martim Afonso de Souza foi encarregado de iniciar a implementação do sistema de capitanias hereditárias, que dividia o território brasileiro em grandes lotes de terra concedidos a nobres portugueses para promover a colonização e a exploração econômica.

Em aproximadamente 1536, o rei Dom João III de Portugal realizou a divisão das terras brasileiras em Capitanias Hereditárias.

Nesse mesmo ano, onde atualmente está o Farol da Barra, no Bairro da Barra, em Salvador, Francisco Pereira Coutinho fundou , que passou a controlar o local, dando-lhe o nome de Arraial do Pereira.

Posteriormente a região foi renomeada para “Vila Velha dos Pereira” (ou Vila dos Pereira), que pertencia à Capitania da Baía de Todos os Santos. O território manteve o nome “Vila Velha dos Pereira” até 1549. 

Essa vila foi um dos primeiros assentamentos portugueses na região onde hoje é Salvador. 

Esse local foi escolhido devido à sua posição estratégica na Baía de Todos os Santos, que facilitava o desembarque de navios.

Naquela época, a produção de açúcar era uma das principais atividades econômicas, motivo pelo qual, Francisco Pereira Coutinho construiu engenhos de açúcar que foram instalados em terras férteis próximas à costa, facilitando o transporte e o comércio do açúcar.

Mas Francisco Pereira Coutinho enfrentou constantes conflitos com os índios Tupinambás e dificuldades em manter a vila. Além disso, houve desentendimentos e atritos com outros colonos e figuras importantes da região.

Francisco Pereira Coutinho tinha o controle de tudo na região. Era a lei e a ordem. Determinava quem seria preso ou solto e também que continuaria vivo, já ele determinava execuções.

No começo, Coutinho mantinha boa relação com os índios, mas  por sua crueldade e arrogância essa relação foi abalada, levando a muitos conflitos. E essas constantes guerras entre ele e os nativos, acabaram com a vida de muitos indígenas.

As guerras com os índios se tornaram insustentáveis, e Coutinho teve que fugir para Ilhéus. Pra ajudar Coutinho a voltar para suas terras, Caramuru negociou com os nativos e conseguiu uma trégua nas guerras, o que permitiu que Coutinho voltasse para Salvador.

Mas como a justiça, muitas vezes, tarda mas não falha, o destino foi cruel com Coutinho.

Após um naufrágio na costa da ilha de Itaparica, Coutinho foi capturado pelos Tupinambás que viviam na ilha. Segundo consta ele foi morto por uma criança, que vingava a morte de seu irmão mais velho, que Coutinho havia matado durante os conflitos.

Segundo relatos da época, acabou sendo devorado pelos indígenas em um ato de antropofagia, uma prática ritual comum entre algumas tribos indígenas da época.

A morte de Francisco Pereira Coutinho deixou a capitania da Bahia em uma situação difícil, com falta de liderança e organização. Esse evento foi um dos fatores que levou a Coroa Portuguesa a transformar a capitania da Bahia em uma capitania real em 1548.

Em 1548, D. João III de Portugal adquiriu a capitania da Bahia dos herdeiros de Coutinho, transformando-a na primeira capitania real do Brasil, sob administração direta da Coroa Portuguesa.

Em uma carta datada de 17 de dezembro de 1548, o rei Dom João III definiu as funções do Governador do Brasil, determinando as diretrizes para a fundação da “Cidade do Salvador”, que viria a ser a primeira capital do território brasileiro. Essa carta foi entregue a Thomé de Sousa na cidade Almeirim, Portugal.

O referido documento, conhecido como a “Carta de Almerin”, foi a primeira constituição do Brasil, escrita antes mesmo da sua fundação.

Para proteger e garantir a posse do território, em 1549, Portugal enviou Tomé de Souza ao Brasil, com a missão de fundar uma cidade que servisse como a capital administrativa e militar da colônia. Assim, em 29 de março de 1549, a cidade foi fundada, sendo esta a data oficial do aniversário da cidade de Salvador.

Quando chegou, Tomé de Souza, percebeu que a Vila do Pereira, não era o melhor lugar para construir a cidade, escolhendo a parte alta, para facilitar a defesa, já que dali tinha visão panorâmica da Baía de Todos os Santos além da dificuldade de se chegar da cidade baixa para a alta.

Para quem conhece Salvador, sabe a dificuldade para se chegar até a cidade alta através da Ladeira da Preguiça, como é conhecida hoje. Quando Salvador foi fundada esse era o caminho para se chegar da Cidade Baixa até a Cidade Alta, fato que trazia proteção para quem estava na parte de cima.

A dificuldade da subida levou à construção do Elevador Lacerda, que liga a Cidade Alta à Cidade Baixa. No entanto, só foi construído 324 anos depois da fundação de Salvador, em 1.873.

Com a missão de fundar a cidade de “São Salvador” e governar o território, junto com Tomé de Souza, primeiro governador geral do Brasil, desembarcou em Salvador com uma comitiva de aproximadamente mil pessoas em seis embarcações.

 O projeto de fundação de Salvador foi cuidadosamente planejado pelos portugueses, com uma estrutura urbana organizada em torno de uma praça central e a construção de fortificações para defesa. A cidade foi dividida em uma parte alta, onde ficavam os prédios administrativos e residenciais, e uma parte baixa, destinada ao comércio e ao porto.

Para fundar a cidade seria necessário homens para cuidar do funcionamento administrativo, motivo pelo qual Portugal enviou várias pessoas para exercerem funções públicas.

Dentre os homens da comitiva, vieram os homens responsáveis pelas obras de construção da cidade, o ouvidor geral (que equivale ao Ministro da Justiça) e o provedor mor (que seria o ministro da fazenda, que é o homem que comanda o dinheiro).

E foi a partir desse homens que a festa da corrupção começou.

Os homens responsáveis pela construção, que seria como as empreiteiras que temos hoje, desviaram uma fortuna em verbas públicas destinadas às obras. Eles superfaturaram os valores das obras e sequer foram capazes de terminá-las, levando à ruína de algumas construções.

Eles basicamente tinham que estruturar as seis ruas que foram planejadas para a cidade, construir o Palácio do Governo, a Casa de Câmara e Cadeia e a Catedral da Sé, e o que conseguiram foi fraudar as obras desviando muito dinheiro.

O ouvidor geral, que seria como o Ministro da Justiça, chamado de Pero Borges, foi um corrupto escolhido a dedo pela Coroa Portuguesa. 

Em 1546, 3 anos antes da chegada da comitiva que fundaria Salvador, Pero Borges, havia sido condenado por corrupção em Portugal e foi proibido de ocupar um cargo público novamente. Mas a condenação o proibia de ocupar um cargo público em Portugal.

No entanto, a condenação não o proibia de ocupar um cargo público fora de Portugal, um cargo público em Salvador, em terras distantes.

Outro corrupto presente na fundação de Salvador foi o Provedor mor, que equivale ao Ministro da Fazendo, Antonio Cardoso de Barros, que junto com Pero Borges e os empreiteiros responsáveis pela construção da cidade de Salvador, desviou muito dinheiro, dinheiro esse que ele usou pra construir engenhos de açúcar e aumentar sua fortuna.

Durante o período colonial, muitas figuras administrativas portuguesas no Brasil foram acusadas de corrupção e abuso de poder.

A distância da metrópole, a falta de supervisão direta e a tentação de enriquecer rapidamente em uma terra repleta de recursos naturais levaram muitos administradores coloniais a práticas corruptas.

A Bahia marcou o início da história do Brasil. Até o ano de 1763, Salvador foi a capital do país. No momento de sua fundação, era conhecida como “São Salvador da Bahia de Todos os Santos”.

3. A escolha do nome “Salvador”

O nome “Salvador” tem sua origem na decisão do rei Dom João III de Portugal, que descrevia o território da atual capital baiana como a “Fortaleza do Salvador”ou “Cidade do Salvador”.

A escolha do Rei D. João III, influenciou a forma como são nomeados os que nascem na cidade, chamados de soteropolitanos. Essa forma adjetiva provém de Soterópolis (soter+polis), onde soter corresponde a salvador e polis à cidade, ou seja, cidade do Salvador.

O nome possui uma conotação católica, buscando fazer referência a Jesus Cristo, o Salvador. A cidade foi batizada em homenagem a “São Salvador da Bahia de Todos os Santos”, como um reflexo da religião católica dos portugueses.

Muito embora o nome “São Salvador da Bahia de Todos os Santos” não seja o nome oficial da capital baiana, é o responsável pela sigla que atualmente representa a cidade de Salvador-SSA.

4. A importância de Salvador no período colonial

Durante o período colonial, Salvador tornou-se a primeira capital do Brasil e foi o principal centro administrativo do país por mais de 200 anos.

Nela residiam o governador-geral e outros funcionários administrativos responsáveis pela gestão e governança da colônia. A cidade abrigava a Casa da Moeda, a Casa da Alfândega e outros órgãos governamentais.

O local tinha um dos mais importantes portos do Atlântico Sul da época, sendo o ponto de entrada e saída de mercadorias, tanto para o comércio interno, quanto para o comércio externo.

Era um centro de negócios ativo, com o comércio de açúcar, tabaco, ouro, diamantes, especiarias e escravos africanos, impulsionando a economia local e atraindo atenção de potências europeias.

5. O legado africano e a influência na cultura de Salvador

A partir de 1580 e ao longo dos séculos XVII e XVIII, Salvador foi o principal porto de entrada de escravos africanos nas Américas.

A quantidade de pessoas trazidas da África para serem escravizadas foi tão grande, que no final do século XVIII e início do século XIX, mais de dois quintos da população de Salvador possuía ascendência africana.

Os escravizados eram provenientes de vários países da África e seus povos habitavam a região onde atualmente se encontra Benin, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, Mauritânia, Senegal, Serra-Leoa e Togo.

Os povos vindos de diferentes lugares do território africano, tinham suas próprias características culturais. Falavam línguas diferentes, possuíam hábitos, religião e culinária de acordo com os costumes de seus antepassados.

Muitas eram as línguas faladas pelos africanos. Dentre elas está o iorubá, língua falada pelos povos provenientes da região da Nigéria.

O iorubá é umas das línguas de maior influência no vocabulário e na culinária solteropolitana. O azeite de dendê e a pimenta, são exemplos de ingredientes que foram trazidos pelos africanos.

Tanta diversidade influenciou a cultura de Salvador em todos os aspectos. A música, a culinária, a religião, idioma e a cultura popular são fortemente influenciadas pela herança africana.

O Carnaval de Salvador, uma das maiores festas do mundo, somente é como é, graças à música e cultura africana. São diversidades culturais e tradições que se mesclam e resistem ao tempo.

6. O Pelourinho

O Pelourinho é um dos principais pontos turísticos de Salvador. Com suas ruas de paralelepípedo e casarões coloridos dos séculos XVII e XVII, atualmente, possui muita alegria, com festas populares, música, dança e manifestações religiosas. Entretanto, nem sempre foi assim.

Originalmente, o nome “pelourinho” se referia a uma estrutura de pedra presente em praças públicas de algumas cidades antigas de Portugal e Brasil colonial.

Tal estrutura era utilizada para expor e punir publicamente os criminosos, muitas vezes por meio de açoitamentos e humilhações.

Os pelourinhos simbolizavam o poder e a autoridade dos colonizadores sobre a população local, especialmente sobre os escravizados, que eram açoitados e severamente punidos, em público, quando fugiam de seu senhores.

O comércio de escravos era fundamental para a economia, sendo que a mão de obra escrava era indispensável para a produção dos bens comercializados pelo Brasil.

Desta forma, os governantes precisavam impor medo em seus escravizados, fixando pela cidade os assombrosos pelourinhos para representar a justiça, a ordem e a autoridade dos senhores de escravos.

O Pelourinho foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1985 e atualmente é um dos pontos turísticos mais visitado e famosos de Salvador.

7. Modernização e preservação da história de Salvador

No início do século XX, Salvador passou por um processo de modernização e urbanização, mas, ao mesmo tempo, buscou preservar um pouco de seu patrimônio histórico.

O Elevador Lacerda, que liga a Cidade Alta à Cidade Baixa desde 1873, é um exemplo marcante dessa época. É impossível não se encantar com a mistura harmoniosa entre o novo e o antigo.

Importante destacar, que a divisão de Salvador entre Cidade Alta e Cidade Baixa se deve à geografia do local.

A Cidade Baixa, por ser próxima ao porto, foi desenvolvida para atender às necessidades do comércio, haja vista que por ali entravam e saiam as principais mercadorias comercializadas no Brasil.

Já a Cidade Alta, localizada em um ponto geográfico mais elevado, tornou-se local de moradia dos mais abastados e sede dos poderes políticos e religiosos, acarretando uma divisão não somente cultural, mas principalmente social.

8. Arte e religiosidade

vários berimbaus, um ao lado do outro, todos bem coloridos pendurados em uma parede na cidade de Salvador

A arte e religião em Salvador, também se resumem em diversidade. Com muitas religiões de matriz africana, as crenças indígenas se misturaram com as crenças cristãs e originaram religiões até então únicas no mundo.

A religiosidade é parte fundamental da história de Salvador, pois toda a cidade cresceu muito ligada ao cristianismo. Os indígenas, os africanos e seus descendentes eram proibidos de exercerem sua fé.

Para conseguir praticar sua religiosidade, muitos mesclaram suas religiões com o cristianismo, o que levou ao surgimento de diferentes segmentos religiosos.

Muito tem a ser contado sobre a história de Salvador, que é rica em detalhes e, ainda, que muito tenha se perdido no tempo, são mais de 500 anos de história, somente no que se refere a era pós-colonização.

Ao visitar a cidade é possível observar um pouco do passado em suas ruas e construções, que foram palcos de tantos eventos importantes, tanto para história da Bahia, quanto para o Brasil.

9. Perguntas Frequentes Respondidas Neste Artigo

1. Qual é a história da cidade de Salvador?

A história de Salvador começa com sua fundação em 1549 por Tomé de Sousa, enviado pelo rei de Portugal para estabelecer a primeira capital do Brasil. A cidade foi escolhida por sua localização estratégica na Baía de Todos os Santos, o que facilitava a defesa e o comércio. Salvador se desenvolveu rapidamente como um centro administrativo, comercial e cultural, desempenhando um papel crucial na história do Brasil.

2. Como Salvador foi descoberta?

A região onde hoje está Salvador foi descoberta pelos portugueses durante as primeiras expedições ao Brasil no início do século XVI. Exploradores como Américo Vespúcio navegaram pela costa e identificaram a Baía de Todos os Santos como um local estratégico para o estabelecimento de uma cidade.

3. Por que Salvador foi fundada?

Salvador foi fundada para servir como a capital administrativa do Brasil Colônia, com o objetivo de centralizar o governo e facilitar a defesa contra invasões estrangeiras. A cidade também funcionou como um importante porto comercial, ligando o Brasil à África e à Europa.

4. Por que Salvador foi a primeira cidade do país?

Salvador foi escolhida como a primeira capital do Brasil devido à sua localização estratégica e à facilidade de defesa proporcionada pela Baía de Todos os Santos. A cidade também oferecia boas condições para o desenvolvimento agrícola e comercial, sendo um ponto central para a exportação de produtos como açúcar e tabaco.

5. Por que chama Salvador?

O nome Salvador deriva de “São Salvador da Bahia de Todos os Santos”, um nome que reflete tanto a devoção religiosa dos colonizadores quanto a localização geográfica da cidade.

6. Como foi o projeto de fundação de Salvador?

O projeto de fundação de Salvador foi cuidadosamente planejado pelos portugueses, com uma estrutura urbana organizada em torno de uma praça central e a construção de fortificações para defesa. A cidade foi dividida em uma parte alta, onde ficavam os prédios administrativos e residenciais, e uma parte baixa, destinada ao comércio e ao porto.

7. Qual evento marcou a fundação da cidade de Salvador?

A fundação de Salvador foi marcada pela chegada de Tomé de Sousa e sua comitiva em 29 de março de 1549. A data é celebrada anualmente como o aniversário da cidade, com diversas festividades e eventos culturais.

Saiba mais sobre Salvador, acessando os seguinte links

  • Box Coleção Brasilis – Autor: Eduardo Bueno. 4 Livros – A Viagem do Descobrimento; Náufragos, Traficantes e Degredados; Capitães do Brasil e a Coroa, A Cruz e a Espada. https://amzn.to/4cCxOw4

Tenha mais conforto em sua busca por conhecimento:

  • Fone de ouvido sem fio TWS Philips TAT1108BK/00 – bluetooth com microfone, formato em haste, IPX4, energia para 15 horas totais e na cor preto https://amzn.to/3zlLCfH
  • Echo Pop | Smart speaker compacto com som envolvente e Alexa | Cor Preta https://amzn.to/4esfqHT
  • Kindle 11ª Geração (modelo 2022) – Mais leve, com resolução de 300 ppi e o dobro de armazenamento – Cor Preta https://amzn.to/4cbj0nY

Continue a viajar pelo conhecimento

2 comentários em “Salvador: A História Da Primeira Capital do Brasil”

  1. Pingback: QUEM foi CARAMURU?

  2. Pingback: QUEM foi CARAMURU?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima