O Cristo Redentor, uma das mais icônicas estátuas do mundo, ergue-se majestoso no topo do Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro.
Esta impressionante escultura não é apenas um símbolo do Brasil, mas também uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, reconhecida por sua grandiosidade e significado cultural.
Inaugurado em 12 de outubro de 1931, o monumento tem atraído milhões de visitantes de todo o mundo, maravilhados por sua imponência e pela vista panorâmica que oferece da cidade maravilhosa.
A história do Cristo Redentor reflete o espírito de um país e a devoção de seu povo. Concebido em um período de forte religiosidade e crescimento nacional, o monumento foi resultado de um esforço coletivo que envolveu engenheiros, artistas e a generosidade de muitos.
Mas, além de sua imponente presença física, o Cristo Redentor carrega um profundo simbolismo, representando paz, acolhimento e fé.
Vamos conhecer a trajetória deste monumento desde sua concepção até sua realização, detalhando as motivações por trás de sua construção, os desafios enfrentados e as curiosidades que cercam essa obra-prima.
Este artigo, explora os seguintes tópicos:
- A História do Cristo Redentor
- O que existia no lugar do Cristo Redentor?
- Por que o Cristo Redentor foi construído?
- Quem Construiu o Cristo Redentor?
- Quem Financiou a Construção do Cristo Redentor
- Como foi construído o Cristo Redentor?
- Características do Cristo Redentor
- Cristo Redentor Por Dentro
- Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre o Cristo Redentor
- Cristo Redentor como uma das 7 Maravilhas do Mundo
- Perguntas Frequentes Respondidas Neste Artigo
A História do Cristo Redentor
A história do Cristo Redentor começa nos anos 1850, quando o padre francês Pierre-Marie Boss sugeriu a construção de um monumento religioso no alto do Morro do Corcovado.
O Padre Boss era o responsável pela igreja do Colégio Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro, local que tinha vista para o Corcovado.
Um dia, no ano de 1859, o Padre sonhou que construía uma obra religiosa no cume do Morro do Corcovado. Tal fato permaneceu apenas em seu imaginário durante muitos anos.
No ano de 1888, a Princesa Izabel assinou a Lei Áurea, acarretando a abolição da escravidão. Em decorrência da assinatura da Lei, a Princesa passou a ser conhecida como “a redentora”.
Para homenagear a Princesa pelo seu feito, os abolicionistas sugeriram que fosse construída uma estátua no topo do Morro do Corcovado.
A princesa, que era cristã devota e paroquiana do Padre Boss, não quis ser homenageada e propôs a construção de um monumento em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus.
Segundo as crenças religiosas da princesa, o verdadeiro redentor seria Jesus Cristo e este sim merecia todas as honras.
Para possibilitar a construção do monumento em homenagem a Jesus, promulgou um decreto para viabilizar a obra, porém, o projeto não prosperou.
Anos mais tarde, especificamente em 1903, o Padre relatou seu sonho no livro “Imitação de Cristo”, deixando registrada a ideia da criação do monumento religioso.
A Concepção Do Projeto
Nos anos 1920, o Brasil estava em um período de transformação e crescimento, tanto econômico quanto cultural. A cidade do Rio de Janeiro, então capital do país, era um centro de atividade social e cultural.
A ideia de concepção do projeto ressurgiu em 1921, como parte das preparações para comemorar o centenário da Independência do Brasil, que ocorreria no ano seguinte, em 1922.
Como símbolo da fé cristã, da religião católica e devoção do povo e também para combater o abandono da religiosidade pela sociedade brasileira, o Círculo Católico do Rio de Janeiro propôs uma homenagem a Jesus Cristo mediante a construção de uma estátua.
Para possibilitar a construção o Círculo Católico, realizou um evento com intuito de arrecadar as verbas necessárias para a realização da obra.
Na oportunidade também foram recolhidas assinaturas das pessoas que eram a favor da construção.
O então Presidente da República, Epitácio Pessoa, recebeu uma carta com assinatura de mais de 22 mil pessoas requerendo autorização para a realização da obra..
Para viabilizar o projeto, grupos de intelectuais e a Arquidiocese do Rio de Janeiro se uniram para propor o levantamento da obra e arrecadação de fundos para a edificação.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro recebeu doações por cerca de 10 anos para possibilitar que a estátua fosse erguida.
O projeto foi aprovado e se tornou uma das maiores obras do Brasil, convertendo-se em um símbolo nacional e ícone que representa o país em cenário internacional.
A Criação E Construção Da Estátua
Um concurso foi lançado para escolher o projeto do monumento, e a ideia vencedora foi a do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, que idealizou uma estátua de Jesus com os braços abertos, simbolizando acolhimento.
O projeto do Cristo Redentor enfrentou vários desafios desde o início. Inicialmente, a estátua deveria ser construída inteiramente em granito, mas a dificuldade de esculpir o material levou à escolha do concreto armado revestido de pedra-sabão, que oferecia mais durabilidade e flexibilidade.
Contando com Heitor da Silva Costa como o responsável pela engenharia, a tarefa de criação da estátua do Cristo Redentor foi confiada ao escultor francês Paul Landowski Maximiliem, conhecido por suas obras monumentais.
Um dos representantes da Art Déco, estilo de arte e arquitetura que surgiu em 1920, Paul Landowski utilizou este modelo de arte para a escultura do Estátua do Cristo, estilo considerado moderno para a época.
No entanto, Landowski não trabalhou sozinho na construção da estátua. Ele foi o responsável pela escultura das mãos. Para a construção da cabeça, Landowski contratou o escultor romeno Gheorghe Leonida.
Paul Landowski nunca esteve no Brasil e realizou toda a obra a distância, sendo que não conheceu, depois de pronto, o monumento que ajudou a levantar.
A cabeça e as mãos da estátua foram esculpidas em Paris e trazidas para o Brasil em 58 peças, cuja montagem contou com a ajuda de profissionais e populares.
A estrutura de concreto armado que sustentaria o Cristo foi feita em colaboração com o desenhista e engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa.
No que se refere à parte de dentro do Cristo, a obra ficou a cargo do engenheiro francês Albert Caquot e a pintura ficou sob a responsabilidade de Carlos Oswald.
O Cristo Redentor mede 30 metros de altura, com mais 8 metros adicionados pelo pedestal, totalizando 38 metros de altura, estabelecido a 709 metros acima do nível do mar.
A estátua possui braços que se estendem por 28 metros, como se abraçasse toda a cidade do Rio de Janeiro.
A construção começou em 1926 e envolveu um intenso trabalho de escavações e moldagem, levando 5 anos para ser inaugurado, contando com operários e engenheiros enfrentando desafios técnicos significativos, incluindo o transporte de materiais até o topo do Morro do Corcovado.
Os operários que trabalharam na obra foram homenageados. A estátua possui um coração oco, estabelecido no 9º andar, que pode ser visto tanto da parte interna, quanto da externa, sendo que no interior do coração há uma garrafa contendo os nomes das famílias das pessoas que trabalharam na edificação.
A construção, que se tornou um dos monumentos mais famosos do país, foi inaugurada em 12 de outubro de 1931, dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, segundo a crença católica.
O que existia no lugar do Cristo Redentor?
Antes da imponente estátua do Cristo Redentor dominar o horizonte do Rio de Janeiro, o Morro do Corcovado já era uma atração natural devido à sua impressionante altitude de 710 metros e à vista panorâmica que proporcionava da cidade e da Baía de Guanabara.
O local, com sua vegetação exuberante, era uma área muito admirada tanto pelos habitantes locais quanto pelos visitantes.
História do Morro do Corcovado
O Morro do Corcovado recebeu este nome por causa de sua forma peculiar, que lembra uma corcova, ou corcovado em português.
No século XIX, o local já era conhecido e frequentado, principalmente após a construção da Estrada de Ferro do Corcovado em 1884.
Este trem, idealizado pelo engenheiro João Teixeira Soares, foi pioneiro ao usar uma linha férrea com cremalheira, destinada a vencer as íngremes encostas do morro.
A ferrovia facilitou o acesso ao cume, onde foi construída uma estação de trem, atraindo mais visitantes que desejavam apreciar as vistas deslumbrantes da cidade do Rio de Janeiro.
Desenvolvimento do turismo local
Antes da construção do Cristo Redentor, o Corcovado era principalmente um destino para os amantes da natureza e aventureiros que buscavam explorar a Mata Atlântica que cobria o morro.
A vegetação nativa era densa e diversificada, abrigando uma rica biodiversidade que incluía várias espécies de plantas e animais endêmicos da região.
A visita do topo do Corcovado oferecia uma experiência de contato com a natureza e a possibilidade de ver o Rio de Janeiro de um ponto de vista privilegiado.
A estrada de ferro, com seus trens movidos a vapor, tornou-se uma atração por si só, oferecendo uma viagem pitoresca através da floresta até o cume do morro.
Mudanças no Morro do Corcovado
Com a decisão de construir o Cristo Redentor, o Morro do Corcovado passou por transformações significativas. A infraestrutura teve que ser ampliada para acomodar a construção da estátua, incluindo a criação de novas trilhas e a expansão da linha férrea para transportar materiais de construção pesados até o topo.
A construção da estátua também necessitou de uma plataforma robusta para suportar o peso do monumento, o que exigiu trabalhos de engenharia adicionais.
Desde a inauguração do Cristo Redentor em 1931, o Morro do Corcovado transformou-se de um destino natural em um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil.
A estátua não só modificou a paisagem do morro, mas também a vida ao seu redor, atraindo turistas do mundo inteiro e contribuindo para o desenvolvimento do turismo no Rio de Janeiro.
Por que o Cristo Redentor foi construído?
A construção do Cristo Redentor foi motivada por uma série de razões que vão além do aspecto meramente arquitetônico.
O monumento foi idealizado para simbolizar a fé cristã e a presença do catolicismo no Brasil, num período em que o país estava passando por grandes mudanças sociais e culturais. Dentre essas mudanças, estava o abandono da fé católica.
A principal razão para a construção do Cristo Redentor foi religiosa. No início do século XX, o Brasil era um país de forte tradição católica, e a igreja desempenhava um papel central na vida da sociedade.
O monumento foi concebido como uma resposta à crescente secularização e como uma forma de reafirmar a fé católica em um período de mudanças. A ideia era que a estátua simbolizasse o poder e a benevolência de Jesus Cristo, protegendo a cidade e abençoando seus habitantes.
Quem Construiu o Cristo Redentor?
Como já mencionado, a construção do Cristo Redentor foi um esforço colaborativo que envolveu vários profissionais de diferentes áreas, cada um trazendo sua expertise para realizar esse grandioso projeto.
O engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa foi o principal responsável pela concepção e execução do projeto, trabalhando em estreita colaboração com artistas e engenheiros de diversas nacionalidades.
Principais Arquitetos e Engenheiros Envolvidos
- Heitor da Silva Costa: Engenheiro brasileiro responsável pelo projeto geral do Cristo Redentor. Formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, Silva Costa propôs a ideia inicial da estátua em 1921 e liderou os esforços para transformar essa visão em realidade. Seu design original foi escolhido em um concurso nacional e posteriormente refinado com a ajuda de outros especialistas.
- Paul Landowski: Escultor francês de origem polonesa, foi encarregado de esculpir a cabeça e as mãos do Cristo Redentor. Landowski era um renomado escultor, conhecido por seu trabalho detalhado e expressivo. Ele trabalhou em sua oficina em Paris para criar essas partes cruciais da estátua, que foram posteriormente transportadas para o Brasil.
- Albert Caquot: Engenheiro estrutural francês, foi responsável pelo cálculo das estruturas internas de concreto armado que suportam a estátua. Sua expertise foi vital para garantir que a estátua pudesse resistir aos ventos fortes e às condições climáticas do alto do Morro do Corcovado.
- Gheorghe Leonida: Escultor romeno, foi encarregado de esculpir o rosto da estátua. Ele deu ao Cristo Redentor uma expressão serena e acolhedora, que se tornou uma das características mais icônicas do monumento.
Quem Financiou a Construção do Cristo Redentor
A construção do Cristo Redentor foi financiada principalmente através de doações de fiéis católicos de todo o Brasil, além de contribuições significativas de entidades religiosas e civis. A campanha de arrecadação de fundos foi liderada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, que mobilizou paróquias, comunidades e indivíduos em todo o país.
- Círculo Católico do Rio de Janeiro: Um dos principais promotores do projeto, o Círculo Católico foi fundamental para organizar a campanha de doações e angariar fundos. A organização utilizou diversos métodos de arrecadação, incluindo eventos, campanhas de doação em massa e contribuições de fiéis durante missas e celebrações religiosas.
- População Brasileira: Milhares de brasileiros contribuíram com pequenas doações, refletindo o apoio popular ao projeto. Essas doações vieram de todas as regiões do país, demonstrando a força religiosa da população.
Embora a maior parte dos fundos tenha vindo de dentro do Brasil, houve também contribuições internacionais, especialmente em termos de conhecimentos técnicos e artísticos. A colaboração com artistas e engenheiros franceses, como Paul Landowski e Albert Caquot, foi crucial para a realização do projeto.
A construção do Cristo Redentor foi um empreendimento complexo que exigiu a colaboração de muitos profissionais e o apoio de uma ampla rede de doadores.
Os materiais de construção, como concreto armado e pedra-sabão, tiveram que ser transportados até o alto do Morro do Corcovado, um desafio logístico significativo na época.
A união de esforços de engenheiros, escultores, doadores e operários resultou na criação de um dos monumentos mais emblemáticos do mundo.
Como foi construído o Cristo Redentor?
A construção do Cristo Redentor foi um processo meticuloso e complexo que exigiu inovação e colaboração internacional.
Iniciada em 1926, a construção envolveu várias etapas críticas, cada uma essencial para a realização da estátua monumental que hoje conhecemos.
Técnicas e Materiais Utilizados
A escolha dos materiais foi uma das primeiras e mais importantes decisões do projeto. Originalmente, a estátua seria esculpida em granito, mas a dificuldade de trabalhar com esse material levou à decisão de usar concreto armado, uma novidade na época.
O concreto armado proporcionou a força necessária para sustentar a estrutura de 30 metros de altura, com peso total de 1.145 toneladas.
Para o revestimento, optou-se pela pedra-sabão, um material resistente às intempéries e fácil de moldar. A pedra-sabão foi cortada em milhares de pequenos triângulos que foram aplicados à superfície da estátua, garantindo durabilidade e um acabamento suave e uniforme.
Desafios de Engenharia
A localização do Cristo Redentor no topo do Morro do Corcovado apresentou inúmeros desafios logísticos e de engenharia. A construção exigiu a criação de trilhas e plataformas temporárias para transportar materiais até o local.
Além disso, a altura do morro e as condições climáticas frequentemente adversas, como ventos fortes e chuvas intensas, dificultaram ainda mais o processo de construção.
Os engenheiros tiveram que desenvolver métodos inovadores para assegurar a estabilidade da estátua. Albert Caquot, o engenheiro estrutural francês, desempenhou um papel crucial ao projetar a estrutura interna de concreto armado que suportaria o peso da estátua e resistiria aos elementos naturais.
Montagem e Escultura
A montagem do Cristo Redentor foi um trabalho de precisão. As partes esculpidas por Paul Landowski na França, como a cabeça e as mãos, foram transportadas para o Brasil em seções. Cada peça foi cuidadosamente unida à estrutura principal, um processo que exigiu habilidades de montagem detalhadas e coordenação precisa.
Os artesãos brasileiros trabalharam incansavelmente para aplicar o revestimento de pedra-sabão, uma tarefa que envolveu colar individualmente os pequenos triângulos à superfície de concreto. Esse trabalho minucioso garantiu que a estátua não apenas fosse robusta, mas também esteticamente impressionante.
Tempo de Construção e Inauguração
A construção do Cristo Redentor levou cerca de cinco anos, de 1926 a 1931. Durante esse período, centenas de trabalhadores dedicaram-se ao projeto, superando inúmeros desafios técnicos e logísticos.
A estátua foi finalmente concluída e inaugurada em 12 de outubro de 1931, em uma cerimônia que contou com a presença de autoridades brasileiras e figuras internacionais.
A inauguração do Cristo Redentor foi um evento grandioso, marcando a conclusão de um projeto de engenharia incrível que se transformou em um símbolo nacional.
Características do Cristo Redentor
Dimensões e Materiais
O Cristo Redentor é uma das estátuas mais altas do mundo, com dimensões impressionantes que destacam sua grandiosidade.
Pesando 1.145 toneladas, a estátua possui 30 metros de altura, excluindo o pedestal de 8 metros, totalizando 38 metros de altura desde a base até o topo. A envergadura dos braços é de 28 metros, simbolizando o abraço acolhedor de Cristo sobre a cidade do Rio de Janeiro.
A estrutura principal do Cristo Redentor é feita de concreto armado, um material escolhido por sua durabilidade e resistência às condições climáticas adversas. O concreto forneceu a força necessária para sustentar a estátua, permitindo que ela permanecesse estável e segura ao longo das décadas.
O revestimento da estátua é feito de pedra-sabão, conhecida por sua resistência à erosão e capacidade de suportar mudanças de temperatura e umidade, conferindo à estátua sua cor característica e uma textura suave ao toque.
Design e Estilo Arquitetônico
O design do Cristo Redentor é uma combinação que reflete tanto a arte sacra quanto as tendências arquitetônicas da época.
O engenheiro Heitor da Silva Costa idealizou a estátua com os braços abertos, uma postura que simboliza acolhimento e paz. Esta posição não apenas tem um forte significado religioso, mas também é esteticamente impactante, criando uma silhueta facilmente reconhecível contra o céu.
O escultor francês Paul Landowski, responsável pelas partes mais detalhadas da estátua, como a cabeça e as mãos, trouxe uma abordagem clássica à obra. Seu trabalho conferiu à estátua uma expressão serena e compassiva, capturando a essência do Cristo como uma figura de benevolência e proteção.
O estilo arquitetônico do Cristo Redentor pode ser descrito como Art Déco, uma tendência popular nos anos 1920 e 1930 que se caracterizava por suas linhas limpas e formas geométricas. Embora a estátua em si seja uma representação figurativa, a escolha do Art Déco reflete-se na clareza das linhas e na ausência de ornamentos excessivos, focando na forma e na simetria.
A base do monumento, ou pedestal, é robusta e funcional, servindo como suporte estrutural e como espaço para capela que existe em seu interior. Esta base eleva a estátua, dando-lhe uma presença ainda mais dominante no horizonte do Rio de Janeiro.
Em conjunto, as dimensões impressionantes, os materiais duráveis e o design elegante fazem do Cristo Redentor não apenas uma obra-prima de engenharia, mas também uma expressão artística de profunda espiritualidade e beleza.
Cristo Redentor Por Dentro
O interior do Cristo Redentor, embora não tão amplamente discutido quanto seu exterior majestoso, possui características interessantes e funcionais que complementam a grandiosidade do monumento.
A estrutura interna do Cristo Redentor é composta por uma rede de barras de aço e camadas de concreto, formando uma base robusta que sustenta a estátua de 30 metros de altura.
O projeto de engenharia interno, elaborado por Albert Caquot, garante a estabilidade da estátua, com um design que distribui o peso de maneira equilibrada.
A base de concreto é reforçada para suportar o peso e a pressão, garantindo que a estátua permaneça firme sobre o pedestal, mesmo em condições climáticas adversas.
Acesso e Áreas Visitáveis
Dentro do pedestal do Cristo Redentor, há uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do Brasil.
Esta capela, inaugurada em 2006, tem capacidade para cerca de 150 pessoas e é um local de oração e reflexão para os visitantes. A presença desta capela no interior do pedestal adiciona um elemento espiritual ao monumento, oferecendo um espaço sagrado para cerimônias religiosas e eventos especiais.
Para os visitantes, há elevadores e escadas rolantes que facilitam o acesso ao topo do pedestal, onde eles podem admirar a vista panorâmica da cidade do Rio de Janeiro.
Antes da instalação desses equipamentos, o acesso era limitado e mais difícil, exigindo que os visitantes subissem a pé por uma longa escadaria. A modernização das instalações tornou o monumento mais acessível a todos, incluindo pessoas com mobilidade reduzida.
Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre o Cristo Redentor
O Cristo Redentor, além de sua imponência e significado cultural, possui várias curiosidades e fatos interessantes que enriquecem sua história e aumentam o fascínio que exerce sobre visitantes de todo o mundo.
Origem do Nome
O nome “Cristo Redentor” foi escolhido para refletir a ideia de Jesus Cristo como o redentor da humanidade. A estátua é frequentemente referida simplesmente como “O Redentor” pelos cariocas, reforçando seu papel simbólico na cidade.
Projeto Inicial
O projeto inicial do Cristo Redentor foi significativamente diferente do que vemos hoje. Algumas das propostas incluíam uma imagem de Cristo segurando uma cruz em uma mão e um globo na outra. No entanto, a postura com os braços abertos foi escolhida para simbolizar acolhimento e paz, transmitindo uma mensagem universal de amor e perdão.
Abençoado pelo Papa
Em 2007, durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil, o Cristo Redentor foi abençoado pelo pontífice em uma cerimônia especial. Esta bênção foi um marco importante e reforçou o significado religioso do monumento para os católicos.
Proteção Contra Raios
O Cristo Redentor é frequentemente atingido por raios devido à sua localização elevada. Para proteger a estátua, um sistema de para-raios foi instalado. Em 2014, a ponta do dedo médio da mão direita do Cristo foi danificada por um raio e teve que passar por reparos.
Manutenção e Limpeza
A manutenção do Cristo Redentor é um desafio contínuo. Periodicamente, a estátua passa por limpeza e restauração para remover sujeiras, musgos e lodo que se acumulam na superfície de pedra-sabão devido às condições climáticas.
Esses processos de limpeza são realizados por equipes especializadas que trabalham em alturas elevadas, utilizando técnicas de rapel para alcançar todas as áreas da estátua.
Evento de Inauguração
A inauguração do Cristo Redentor em 1931 contaria com uma inovação tecnológica para a época: o acendimento das luzes da estátua seria feito remotamente pelo cientista italiano Guglielmo Marconi, diretamente de Roma.
No entanto, problemas técnicos impediram que o evento ocorresse conforme planejado, e as luzes foram acesas manualmente no local.
Visitas Ilustres
Ao longo dos anos, o Cristo Redentor tem sido visitado por diversas personalidades ilustres, incluindo líderes mundiais, celebridades e figuras religiosas.
Entre os visitantes notáveis estão o Papa João Paulo II, que visitou o monumento em 1980, e o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que o visitou com sua família em 2011.
Símbolo de Solidariedade
O Cristo Redentor tem sido utilizado como símbolo de solidariedade em várias ocasiões. Em eventos globais, como na campanha “Outubro Rosa” de conscientização sobre o câncer de mama, a estátua é iluminada com cores específicas para apoiar causas importantes.
Em 2020, durante a pandemia de COVID-19, o Cristo Redentor foi iluminado com mensagens de esperança e solidariedade, reforçando seu papel como símbolo de paz e união.
3D Mapping e Projeções
Nos últimos anos, a tecnologia de mapeamento 3D e projeções tem sido usada para criar espetáculos visuais no Cristo Redentor. Esses eventos transformam a estátua em uma tela gigante, exibindo imagens e mensagens durante festividades e celebrações, como o Réveillon e a Jornada Mundial da Juventude.
Em 2012, o Cristo Redentor foi incluído na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO, sendo este reconhecimento um marco significativo, que destaca a importância cultural, histórica e natural do monumento e da região onde ele está localizado.
A UNESCO reconheceu o Cristo Redentor não apenas como uma obra de arte monumental, mas também como um elemento que contribui para a paisagem urbana do Rio de Janeiro, harmonizando com a beleza natural que o cerca.
Cristo Redentor como uma das 7 Maravilhas do Mundo
O Cristo Redentor é amplamente reconhecido não apenas como um símbolo do Brasil, mas também como uma das novas 7 Maravilhas do Mundo.
Este título foi conferido em 2007, após uma votação global organizada pela New7Wonders Foundation, que buscava identificar os monumentos mais significativos e impressionantes construídos pelo homem.
Processo de Seleção
A escolha das novas 7 Maravilhas do Mundo foi um processo democrático que envolveu milhões de pessoas ao redor do globo. A iniciativa foi lançada em 2000 e culminou com a cerimônia de anúncio dos vencedores em 7 de julho de 2007, em Lisboa, Portugal.
O Cristo Redentor foi escolhido entre 21 finalistas, incluindo monumentos históricos de diversas culturas e épocas, como a Grande Muralha da China, o Taj Mahal na Índia e o Coliseu em Roma.
A votação foi aberta ao público, e qualquer pessoa com acesso à internet ou a um telefone poderia participar. A inclusão do Cristo Redentor na lista final foi um reflexo de seu impacto cultural e da mobilização dos brasileiros, que se empenharam em votar e promover o monumento.
Ser uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno trouxe uma visibilidade ainda maior ao monumento, aumentando o interesse de visitantes e consolidando sua posição como uma das atrações turísticas mais visitadas do Brasil.
A partir de 2007, houve um aumento substancial no número de visitantes internacionais ao Rio de Janeiro, atraídos pela fama global do monumento.
Esse aumento no turismo trouxe benefícios econômicos consideráveis, estimulando o desenvolvimento de infraestrutura e serviços turísticos na cidade.
Perguntas Frequentes Respondidas Neste Artigo
- Qual é a história sobre o Cristo Redentor?
- Quem doou o Cristo para o Brasil?
- Qual a importância do Cristo Redentor?
- Para que foi feito o Cristo Redentor?
- Qual é a curiosidade do Cristo Redentor?
- Como foi construído o Cristo?
- Para que servia o Cristo Redentor?
- O que existia no lugar do Cristo Redentor?
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