A pizza, um prato popular e amado por milhões de pessoas ao redor do mundo, tem uma rica história.
Neste artigo você vai embarcar em uma viagem no tempo para descobrir a origem da pizza, desde suas primeiras versões até se tornar uma paixão mundial como conhecemos hoje.
Vamos desvendar os segredos por trás de sua evolução na Itália, entender o significado e a origem da palavra “pizza”, e descobrir como esse prato delicioso se espalhou pelo mundo, conquistando paladares em todos os continentes.
Você também aprenderá curiosidades interessantes, como qual foi o primeiro sabor de pizza do mundo e ao final aprenderá como é a receita original.
No caminho será através dos seguintes tópicos:
- A Origem da Pizza
- A Revolução do Tomate
- Expansão da Pizza pelo Mundo
- A pizza no Brasil
- Significado e Origem da Palavra “Pizza”
- Características da Pizza Napolitana
- Receita da Massa de Pizza Napolitana
A Origem da Pizza
A origem da pizza é muito antiga, sendo que sua história se desenvolve ao longo de séculos. A ideia de combinar diferentes ingredientes sobre uma base de massa já era popular entre várias civilizações muito antes de surgir o prato como conhecemos hoje.
As primeiras evidências de algo semelhante a esse prato remontam à antiguidade. Civilizações incluindo os sumérios, assírios, egípcios, gregos e romanos tinham o hábito de assar massas finas cobertas com ingredientes diversos.
Os gregos, por exemplo, faziam uma espécie de pão achatado chamado “plakous”, que era coberto com azeite, ervas e queijo.
Já os romanos consumiam um prato chamado “pinsa”, uma massa achatada coberta com molho e ingredientes variados.
Os egípcios foram pioneiros na utilização do fermento, o que permitiu a criação de massas mais leves e fofas.
Por sua vez, os romanos adicionaram camadas de sabor ao experimentando a massa com diferentes tipos de coberturas e técnicas de cozimento. Esses pratos primitivos serviram como base para o desenvolvimento da massa e recheio.
No entanto, a verdadeira transformação da pizza começou na Itália, mais especificamente na cidade de Nápoles, no século XVIII.
Nápoles, uma próspera cidade portuária, era o lar de uma grande população de trabalhadores e pobres que precisavam de alimentos baratos, rápidos e nutritivos.
Nesse contexto, surgiu um prato chamado “faccacia”, feito com uma massa de pão achatada coberta com ingredientes, como azeite de oliva, alho, queijo e ervas.
As padarias começaram a vender essas “focccacias”, que logo se tornaram extremamente populares.
Com a introdução do tomate trazido das Américas, os napolitanos incorporaram este ingrediente aos seus pães, transformando e criando uma das delícias mais saboreadas do mundo
Por volta de 1889, foi criada a primeira pizza como conhecemos hoje, a Margherita, feita em homenagem à rainha Margherita di Savoia, esposa do rei Umberto I. A receita foi feita com tomate, mozzarella e manjericão, representando as cores da bandeira italiana: vermelho, branco e verde.
Este evento marcou um ponto crucial na história da pizza, que deixou de ser um alimento da classe mais pobre, solidificando seu status como um símbolo da culinária italiana.
Embora Nápoles seja amplamente reconhecida como o berço desse prato, outras regiões da Itália também desenvolveram suas próprias variações. Em Roma, por exemplo, a pizza é frequentemente feita com uma crosta mais fina e crocante. Na Sicília, a “sfincione” é uma versão com massa espessa e fofa, coberta com molho de tomate, cebola, anchovas e queijo.
Cada região da Itália traz suas próprias influências e ingredientes locais, criando uma diversidade de estilos, influenciados por tradições e culturas culinárias locais, assim como ocorre em outras partes do mundo.
A Revolução do Tomate
O ingrediente que definiu a pizza como a conhecemos hoje foi o tomate. Apesar de comuns na América Latina, os tomates só foram introduzidos na culinária italiana no século XVIII.
Inicialmente, foram vistos com desconfiança, pois eram erroneamente considerados venenosos. No entanto, a sua inclusão na pizza napolitana foi uma virada de jogo.
A mistura da massa de pão crocante, o molho de tomate e ingredientes locais, como o queijo mozzarella, deu origem a um prato irresistível.
Expansão da Pizza pelo Mundo
A popularidade da pizza cresceu rapidamente além das fronteiras de Nápoles. No final do século XIX e início do século XX, a pizza acompanhou os imigrantes italianos que se mudaram para outras partes do mundo, incluindo o Brasil.
Em cada lugar que chegou, ela foi sendo adaptada conforme os gostos, costumes e ingredientes das culturas locais, ganhando novas formas e sabores.
Nos anos 50, com o advento das redes de televisão, se tornou um alimento popular nos EUA. Empresas como Dimino’s Pizza Hut’ se expandiram, solidificando a posição do prato como uma alimento amado pelos americanos.
Com sua expansão, foi adaptada e ganhou características variadas em cada região. Em Nova York, por exemplo, é conhecida por sua massa fina e crocante, enquanto em Chicago é famosa por sua massa grossa e recheada, conhecida como “deep-dish”.
O mesmo aconteceu com o Brasil, onde diferentes ingredientes regionais foram adicionados aos recheios, dando origem a sabores únicos no mundo.
A autenticidade da pizza nascida em Nápoles, não se perdeu; ao contrário, sua qualidade e apelo continuaram atraindo admiradores em todo o mundo.
A pizza no Brasil
No Brasil, a pizza caiu no gosto popular e, assim como muitas outras iguarias que aportaram por aqui, passou por uma série de adaptações e transformações que refletem a rica diversidade cultural do país.
São Paulo, que recebeu o maior contingente de imigrantes italianos, tornou-se o epicentro dessa culinária no país.
A cidade tem uma relação tão estreita com o prato italiano que, muitas vezes, é carinhosamente chamada de “a capital da pizza”.
De fato, o tradicional bairro do Bixiga, em São Paulo, é reconhecido como o local onde as primeiras pizzarias brasileiras foram estabelecidas.
Curiosamente, São Paulo não é apenas um grande centro de consumo dessa delícia no Brasil, mas tem um destaque internacional. A cidade detém o título de maior consumidora de pizzas do mundo.
Estima-se que todos os dias são consumidas mais de um milhão de pizzas na metrópole, superando até mesmo cidades como Nova York e Nápoles. Esse volume impressionante faz de São Paulo a cidade que mais vende esse tipo de prato em todo o mundo.
Em 2009, a pizza napolitana foi oficialmente reconhecida pela União Europeia como um “Produto Agroalimentar Tradicional,” garantindo sua procedência e atributos.
Sua produção é regida por regras rígidas estabelecidas pela Associazione Verace Pizza Napolietana (AVPN), que busca preservar a tradição, autenticidade e qualidade.
Hoje, restaurantes ao redor do mundo buscam a certificação da AVPN para servir a verdadeira pizza napolitana.
Significado e Origem da Palavra “Pizza”
A palavra “pizza” tem uma etimologia interessante e, ao longo dos séculos, sua origem exata tem sido objeto de debate entre linguistas e historiadores. Acredita-se que a palavra tenha raízes antigas, possivelmente derivando do latim vulgar ou de línguas germânicas.
Uma das teorias mais aceitas é que a palavra “pizza” deriva do termo latino “pinsa,” que significa “pão achatado” ou “pão amassado”. Este termo latino, por sua vez, pode ter sido influenciado pelo verbo “pinsere,” que significa “amassar” ou “pressionar.”
Outra possibilidade é que a palavra tenha vindo da palavra germânica “bizzo” ou “pizzo,” que significa “bocado” ou “mordida.”
A primeira menção escrita da palavra “pizza” data de 997 d.C., em um documento legal da cidade de Gaeta, na região da Campânia, Itália. O documento, escrito em latim medieval, menciona que certo senhor feudal deveria receber doze pizzas como tributo anual na véspera do Natal e da Páscoa.
Este uso tão antigo da palavra “pizza” confirma que o termo já era usado há séculos para descrever uma espécie de pão achatado.
Ao longo dos séculos, a palavra “pizza” evoluiu e se espalhou por várias regiões da Itália. No início, o termo referia-se a diferentes tipos de pães achatados ou “focaccias”, que variavam em ingredientes e modos de preparo dependendo da região.
A palavra “pizza” tornou-se sinônimo de um tipo específico de prato – uma base de massa assada coberta com ingredientes variados. Em português, o termo mantém seu significado original, referindo-se ao prato em si.
À medida ganhou popularidade fora da Itália, especialmente no final do século XIX e início do século XX, a palavra foi adotada em diferentes idiomas, mantendo sua pronúncia e escrita quase intactas. Em muitos países, a palavra o nome é facilmente reconhecido e associado a uma refeição deliciosa e versátil.
Características da Pizza Napolitana
A pizza napolitana, considerada a forma original do prato, é caracterizada por sua massa macia e elástica, bordas levemente crocantes, com uma base fina e ingredientes frescos.
Elas são tradicionalmente assadas em fornos a lenha a altas temperaturas (cerca de 485°C) por um curto período de tempo, geralmente entre 60 e 90 segundos. Isso resulta em uma crosta levemente carbonizada e um centro macio e saboroso.
As variantes clássicas incluem a Margherita, feita com tomate, mozzarella, manjericão e azeite, e a Marinara, com tomate, alho, orégano e azeite.
Massa: A massa é feita com farinha especial (tipo 00), água, sal e fermento. Ela é fermentada lentamente para desenvolver sabor e textura.
Tamanho: A napolitana tradicional é pequena, com cerca de 30 centímetros de diâmetro, tornando-a perfeita para uma pessoa.
Molho de Tomate: O molho de tomate é feito com tomates San Marzano, conhecidos por seu sabor doce e baixa acidez. É espalhado uniformemente sobre a massa.
Queijo: A mussarela de búfala é o queijo de escolha, distribuído em pequenos pedaços ou fatias por toda a pizza.
Ingredientes Simples: A receita tradicional tem coberturas simples, como manjericão fresco, azeite de oliva extra virgem e um toque de sal.
Cozimento: A massa é assada em um forno a lenha extremamente quente, a uma temperatura de cerca de 485°C (900°F). O calor intenso permite que a pizza seja cozida em apenas alguns minutos, resultando em uma massa fina e crocante.
Receita da Massa de Pizza Napolitana
A receita da pizza também se desenvolveu e sofreu adaptações pelo mundo, ganhando diferentes texturas de massas e ingredientes diversificados em sua cobertura.
Entretanto, a receita autêntica da massa napolitana, possui suas peculiaridades e você pode criar essa obra-prima em sua própria cozinha, a partir da seguinte receita:
Ingredientes da Massa (para 4 pizzas pequenas):
1 kg de farinha de trigo tipo 00 (ou farinha de alta proteína)
650ml de água
20g de sal
5g de fermento biológico fresco
Instruções:
Em uma tigela grande, misture a farinha e o sal.
Dissolva o fermento na água morna e adicione à mistura de farinha. Misture até que a massa comece a se formar.
Transfira a massa para uma superfície enfarinhada e amasse por cerca de 10 minutos, até que fique elástica e suave.
Divida a massa em quatro bolas de aproximadamente 250g cada. Cubra com um pano úmido e deixe descansar por pelo menos 6 horas, ou durante a noite, em temperatura ambiente.
Pré-aqueça o forno a lenha ou um forno convencional o mais quente possível (idealmente, a 485°C ou 900°F).
Abra cada bola de massa em um círculo fino, deixando uma borda mais espessa.
Adicione o molho de tomate, pedaços de mussarela de búfala, algumas folhas de manjericão fresco e regue com azeite de oliva.
Coloque a pizza no forno pré-aquecido e asse por 10 a 20 minutos (de acordo com aquecimento do forno) até que a massa esteja dourada e borbulhante.
Retire a pizza do forno, corte em pedaços e sirva imediatamente.
Conclusão
A pizza é um testemunho da evolução culinária e da adaptabilidade do ser humano, mostrando a capacidade da comida de transcender fronteiras geográficas e culturais.
De um simples pão chato a um fenômeno global, a história da pizza é uma representação da jornada culinária da humanidade. É um lembrete de como a comida é mais do que apenas nutrição; é cultura, é história e, acima de tudo, é uma celebração do sabor e da criatividade humana.
À medida que você prepara e saboreia uma autêntica pizza napolitana em sua casa, lembre-se de que está participando de uma tradição centenária e celebrando uma das maiores contribuições da Itália para a culinária mundial.
Que esta experiência seja uma verdadeira celebração do conhecimento e do sabor que o mundo tem a oferecer. Buon appetito!
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